01/07/16

As marcas da nossa história

Gosto muito de histórias e antiguidades, elas ensinam e nos levam a um período que não vivemos, mas que podemos conhecer por meio dos registros que o próprio tempo guarda. Em 2010, uma equipe de pesquisadores e arqueólogos esteve em São Desidério analisando alguns pontos do percurso da BR 135. Um deles foi nas proximidades da Fazenda Palmeira, a menos de um quilômetro do centro da cidade. A busca pelas marcas do nosso passado, transformou o local em um sítio arqueológico. 

Marcação do local a ser escavado

Em alguns pontos não era preciso escavar muito e as peças já apareciam

Muita atenção e cuidado para no trabalho para manter as características do material encontrado 

As escavações também foram realizadas no meio da plantação


Muita coisa foi encontrada, urnas fúnebres, utensílios de cerâmica e barro, pontas de flechas e até restos mortais. De acordo com informações dos arqueólogos, esses resquícios do passado pertenceram a tribos indígenas que viveram a mais de mil anos nessa região. Por sorte, tive a oportunidade de acompanhar algumas horas de trabalho dessa equipe.

Pedaços de urnas fúnebres

Pedaço de um osso humano

Detalhe de outra urna fúnebre

Local de onde foram retiradas urnas fúnebres inteiras 

Pedaço de utensílios de barro 

Detalhe de peças de cerâmica encravadas na terra 


O Riacho São Desidério passa pertinho da fazenda que é abençoada também por mais uma maravilha da natureza, a Gruta da Palmeira. Imagino que, realmente, esse era um ótimo lugar para a permanência dos indígenas.

Riacho São Desidério

Muita sombra próximo a entrada da gruta


A gruta não é muito grande e exige um certo malabarismo para entrar, a começar com cerca de dois metros de escalada, passagens apertadas, em algumas não conseguimos passar, mas imagino que, para os antigos povos, era um ambiente que trazia alguma segurança contra animais selvagens ou dias de clima muito ruim.

A entrada da gruta fica a alguns metros do chão

Buraco que dá acesso a gruta

Passagens estreitas

Ao fundo o buraco por onde entramos na gruta

Em alguns pontos continuamos a subir, um de cada vez por causa do acesso estreito

Em alguns pontos pequenas aberturas revelam salões maiores do outro lado

O mesmo local de entrada é também o de saída

Essa gruta ainda é pouco explorada, mas com a autorização dos donos da fazenda e a companhia de um guia de turismo, vale a pena conhecer e se encantar com mais esta maravilha do município de São Desidério.


Onde Andei 2015    Texto e Fotos: Jackeline Bispo  

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