Enfim Pirenópolis

Em 2020 estávamos de malas prontas para conhecer Pirenópolis no Goiás, mas com o fechamento de todos os estados em virtude da pandemia, tivemos que pedir reembolso das diárias e adiar a viagem. Enfim, este ano, deu tudo certo e pudemos conferir os encantos dessa cidadezinha que foi tombada como patrimônio histórico do Brasil.

Quem observa a pousada do lado de fora nem imagina que lá dentro é tão espaçoso, bonito e aconchegante

Depois dos banhos gelados de cachoeira,a pousada oferece até piscina aquecida

Ficamos hospedados em uma pousada aconchegante, tradicional e bem no meio do centro histórico, onde tudo chama a atenção, arquitetura colonial, igrejas centenárias, casarões, ruas de paralelepípedo fino, esculturas, pontes, o rio e as cores. Existem inúmeras pousadas espalhadas na cidade, mas a localização da que escolhemos nos permitiu conhecer o centro histórico a pé e com bastante calma, apreciando a arte e a cultura local.

Museu das Cavalhadas

Cada cômodo do Museu mostra um pouco da história das Cavalhadas em comemoração aos festejos do Divino Espírito Santo realizado em junho, uma tradição trazida para Pirenópolis por colonizadores espanhóis 

Estátuas das fantasias usadas na festa das Cavalhadas ficam espalhadas pela cidade e pontos turísticos

Parada para um cafezinho, em algumas dessas casinhas de arquitetura colonial ficam localizados bares, cafeterias, cervejarias, lojas de artesanato e souvenirs. 

Antiga Ponte do Rio das Almas 

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário

Igreja Nossa Senhora do Carmo

Igreja Nosso Senhor do Bonfim

A Rua do Lazer é um encanto e funciona todos os dias da semana, as pequenas casinhas enfileiradas escondem ambientes amplos que oferecem variedade gastronômica e bebidas diversas, inclusive cervejas artesanais. Muitos ateliês e lojinhas comercializam o belíssimo artesanato local.

Rua do Lazer

Cerveja artesanal Santa Dica

Suco artesanal Pireneus

As cachoeiras são uma atração à parte. Para chegar até elas apreciamos a exuberância da natureza nas trilhas no meio do Cerrado. Escolhemos visitar a Reserva do Abade, por oferecer uma estrutura segura para crianças. Os quase três quilômetros de trilha são bem sinalizados, tem apoio nas descidas, escadas firmes, bancos para descanso, no caminho vários mirantes, a ponte pênsil e quatro cachoeiras, sendo a Cachoeira do Abade, a maior delas. A água é muito gelada, mas depois da caminhada, nada melhor que um bom mergulho.

Mirante da cidade na estrada para a Reserva do Abade

Pelo caminho estão espalhadas as Estações da Via Sacra recordando a Paixão de Cristo 

Na entrada da Reserva uma estátua de fantasia usada nas Cavalhadas 

Início da trilha na Reserva do Abade

4 cachoeiras estão espalhadas pela Reserva  

A temida Ponte Pensil com 50 metros de extensão e mais de 30 metros de altura

Cachoeira do Abade

Registro da nossa mini fotógrafa 

Conhecemos também a Cachoeira da Usina Velha. Essa é bem acessível com a trilha curtinha. É incrível o caminho que a água lapida entre as pedras. O acesso às cachoeiras é pago, cada uma tem um valor específico que varia entre R$30 e R$50 por pessoa. São Dezenas de cachoeiras em Pirenópolis, conhecemos apenas seis, o que deixa um gostinho de quero mais.

Entrada da Cachoeira da Usina Velha, são 2 pequenas cacheiras nesse complexo

Um pouco de história: O local onde está Pirenópolis era habitado por índios que resistiram a chegada dos brancos e muitas tribos foram dizimadas. Foi fundada em 07 de outubro de 1727 por portugueses, que vieram para o garimpo de ouro, seu primeiro nome foi Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte, depois foi chamada de Cidade de Meia Ponte. A tradição local diz que em 1890, exploradores espanhóis passaram a chamar a cidade de Pirenópolis, pois é circundada por uma Serra que lembra a Cordilheira dos Pireneus na Europa. Em 1728 foi construída na cidade a maior igreja do Centro Oeste Brasileiro. A partir de 1800 foi lançado o primeiro jornal do Centro Oeste, os festejos do Divino e das Cavalhadas. Com a construção de Brasília em meados de 1900 iniciou a exploração de pedras em Pirenópolis e com as sobras da pedreira fizeram o calçamento da cidade. Foi a primeira do Centro Oeste a ter uma biblioteca pública, professor de boas letras, um cinema e um teatro, fatos que rendem a Pirenópolis o status de Berço da Cultura Goiana. Em 1989, a cidade foi tombada como Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A partir de 1990 Pirenópolis passa a ser um dos principais pontos turísticos do Centro Oeste, sendo cenário de várias produções do cinema e da televisão, entre elas a novela ‘Estrela Guia’ protagonizada pela dupla Sandy e Júnior.

Por: ondeandeitemhistoria.blogspot.com.br