Guardo recordações especiais sobre essa cidade, pois além de beleza e preservação histórica, foi uma visita de pura adrenalina. Vou começar explicando logo o porquê. Óbidos é uma cidade medieval, com um castelo maravilhoso e rodeada por uma muralha. O principal passeio turístico é feito pela muralha onde alguns pontos tem 13 metros de altura. O detalhe é que tenho vertigens em lugares altos, mesmo assim enfrentei o medo e vivi esse momento fascinante.
Início da caminhada pela Muralha, não há corrimão, o espaço para andar é de uns 80 centímetros, em alguns pontos a muralha tem 13 metros de altura
A muralha não tem corrimão e o espaço para caminhar é de uns 80 centímetros, eu ficava grudadinha na parede e evitava olhar para baixo, mas tinha que fazer algumas fotos para poder mostrar quão emocionante foi o passeio. Lá em baixo muitos campos de laranjeiras, macieiras e ginja (daqui a pouco falo sobre essa fruta especial para Óbidos).
Detalhe no centro da foto para o aqueduto do lado de fora da muralha, com 3 quilômetros de extensão foi construído para levar água aos chafarizes da cidade
Óbidos está situada à 240 quilômetros do Porto e 85 quilômetros de Lisboa, o principal meio de acesso é pela estrada. Com pouco mais de 14 hectares dentro da muralha, um dia é suficiente para conhecer o local, mas se o objetivo for visitar também as vilas ao redor do castelo, aí é preciso ficar um pouco mais.
O acesso à cidade é via estrada, lá no funfo da imagem é possível ver o Castelo de Óbidos
A primeira impressão que tive sobre o nome da cidade foi de origem assustadora, pois remete a óbito, mas a palavra significa ‘cidade fortificada’. Construída pelos Mouros a partir do Castelo de Óbidos no século XII, a cidade tinha inicialmente pouco mais de 100 habitantes e serviu como dote para casamento de rainhas da época. Atualmente o Castelo é considerado uma das sete maravilhas de Portugal, nele funciona um luxuoso hotel com 17 quartos, vale a pena conhecer esse que é o segundo monumento mais relevante do patrimônio arquitetônico português.
Dentro da muralha, várias construções se amontoam formando imagens lindas
Companhia dos amigos Sergio e Suzana que nos mostraram as belezas de Portugal
A entrada na cidade é pela ‘Rua Direita’ que dá acesso ao Portão da Vila e logo em seguida um belíssimo desenho em azulejo feito no século XVIII. Impressiona-me a durabilidade e a manutenção de estruturas tão antigas. Pelas estreitas ruas estão espalhadas lojas de roupas, de artesanato, souvenires, cafés, livrarias, padarias, bares e restaurantes, não tem como se perder, apesar do emaranhado das pequenas vielas, há apenas uma entrada e uma saída na cidade, então dá pra caminhar despreocupadamente pelo local.
Entrada para Rua Direita
Oratório de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira da cidade, feito com azulejos do século XVIII
Ruas pequenas, sem movimentação de carros, detalhes das ruas e casas
A dica é deixar-se encantar pela arquitetura, pinturas, monumentos, iguarias, enfim, pelos detalhes. Entre eles, a Igreja de Santa Maria que serviu de templo para muitos casamentos reais.
Igreja de Santa Maria, aqui o Rei Afonso V casou-se aos 10 anos de idade com sua prima Isabel de 8 anos de idade
Mas chegou a hora de falar da ginja, um tipo de cereja selvagem com sabor amargo que serve principalmente para a produção da Ginjinha, um licor centenário inventado em Óbidos e atualmente produzido em várias partes de Portugal. E uma ótima opção de presente também.
Bares, restaurantes e cafés estão espalhados por toda cidade, detalhe para esta peça de um engenho centenário, preservado e mantido como relíquia do estabelecimento
Licor de Ginjinha no copinho de chocolate, uma iguaria deliciosa
O Licor é uma ótima opção de presente ou lembrança, essa eu trouxe para casa, rsrsrsr.
Por: Jackeline Bispo - ondeandei2015.blogspot.com.br